Como é feito o diagnóstico de APLV?

Alergia alimentar é coisa séria. Ainda mais quando sua ocorrência vem aumentando bastante no mundo, em todas as faixas etárias. Essas alergias são uma reação anormal do sistema de defesa do organismo a algumas proteínas de certos alimentos. Nessa situação, o sistema imunológico reconhece as proteínas como “inimigos”, e reage produzindo células específicas para combater as substâncias invasoras, o que desencadeia um processo alérgico.

A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é a mais comum na infância. O leite animal possui mais de 20 proteínas, mas as responsáveis por causar alergia são: caseína, alfa-lactoalbumina, beta-lactoglobulina ou o soro do leite. De acordo com dados da Sociedade Europeia de Gastroenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátrica (ESPGHAN):

De 1% a 17% das crianças menores de 3 anos possuem sintomas sugestivos de APLV;
De 2% a 3% das crianças menores de 3 anos têm APLV;
Dos bebês que são amamentados, 0,5% possuem APLV;
Menos de um 1% das crianças apresentam sintomas após os 6 anos.

A boa notícia é que, apesar disso, essa alergia pode ser superada em boa parte dos casos até os cinco anos de idade. Alergias ao amendoim, nozes e frutos do mar, por exemplo, costumam causar reações mais severas e duradouras.

Prevenção e Tolerância

Ainda de acordo com a Sociedade Europeia, cerca de 50% das crianças com alergia à proteína do leite de vaca desenvolvem tolerância com um ano de idade; cerca de 75% até os três anos e 90% até completar seis anos.

A melhor maneira de prevenir a Alergia à Proteína do Leite de Vaca é garantir o aleitamento materno exclusivo até, no mínimo, o 6º mês de vida e evitar a introdução precoce de leite ou fórmulas à base de proteína do leite de vaca.

E mais: não há comprovação de que a dieta de restrição alimentar da mãe, durante a gestação ou amamentação, possa prevenir alergias alimentares na criança. A restrição ao leite de vaca e derivados para a mãe somente deve ser considerada se houver reações comprovadamente alérgicas no bebê. Neste caso, a mãe deve receber aconselhamento sobre sua dieta para evitar déficit da ingestão de determinados nutrientes.

Sintomas e sinais de que seu filho pode ter APLV

Os sintomas podem ser agudos ou espaçados, predominando os vômitos, diarreia e má absorção, resultando em retardo do crescimento e até sangue nas fezes. Ainda podem ocorrer sintomas súbitos como irritabilidade, cólica, choro intenso e recusa alimentar. 

Algumas manifestações dermatológicas e respiratórias também são frequentes, como: broncoespasmo, rinite, urticária, rash cutâneo, dermatite atópica, entre outros.

Mas lembre-se: todos esses sintomas podem estar associados a outras doenças! Por isso, é essencial visitar o pediatra para verificar se criança realmente tem APLV.

Alergia x Intolerância

Diferente da APLV, a Intolerância à Lactose não oferece um risco tão grande para quem ingerir o leite de vaca e pode surgir em qualquer época da vida, sendo até mais comum entre adultos. Ela também é uma manifestação anormal do organismo, mas o que ocorre é a falta da produção de uma enzima chamada “lactase”, que digere a lactose (açúcar do leite). Nesse caso também é necessário cortar o consumo de leite e derivados, mas, no caso da Intolerância, é possível ingerir a enzima lactase em forma de medicamento, o que ajuda na digestão e reduz os efeitos digestivos.

Diagnóstico

O reconhecimento e diagnóstico da APLV são difíceis, pois não existe um teste único e exato para definir a doença. 

Por isso é importante que o médico programe a realização do chamado “teste de desencadeamento”, que é a exposição gradual e controlada da criança às proteínas do leite, para assim confirmar o diagnóstico. 

Se for confirmado, o tratamento deve ser feito com a utilização de fórmulas alimentares especiais. No caso de APLV em crianças que estão sendo exclusivamente amamentadas, a mãe deve deixar de consumir leite de vaca e derivados.

As alergias alimentares estão sim mais prevalentes e persistentes hoje em dia, mas têm cura. Seguir as recomendações médicas ao longo do tratamento é fundamental para ajudar a criança a superar essa condição tão incômoda nos primeiros anos de vida. 

Se o seu pequeno apresentar algum sintoma persistente e suspeito, informe-se. Saber o que é APLV já é um grande passo pra reconhecer os sinais no seu filho e buscar por ajuda!

Clique e confira nosso alimento em pó à base de vegetel!