No mês de maio, conversamos com mães diretamente de suas casas em diferentes lugares do Brasil. Elas contaram para a gente como superaram todos os desafios para garantir uma alimentação segura e uma rotina saudável para seus filhos com intolerâncias e alergias alimentares. Acompanhe essas histórias reais junto com a gente!
Quem é mãe sabe: a alimentação de um filho é uma das coisas mais importantes que existem, e todas concordam que é desesperador ver seu pequeno doente, passar noites em claro, levá-lo para o hospital e, mesmo assim, não fazer ideia do que ele tem. Esse geralmente é o primeiro cenário que toda mãe já viveu com um filho que sofre com alergias ou intolerâncias alimentares.
Segundo um estudo da PubMed publicado em 2019, as disfunções alimentares acometem cerca de 3% das pessoas adultas e se manifestam em 6 a 8% de crianças e adolescentes. E uma grande quantidade de mães travam uma batalha diária para adaptar as refeições dos filhos e até mesmo mudar a própria dieta para garantir a eles uma alimentação nutritiva e, acima de tudo, segura.
Alergia x intolerância
É muito comum pais confundirem alergia com intolerância. A alergia está diretamente ligada com o nosso sistema imunológico, que “ataca” alguma substância presente no alimento, levando a uma produção de anticorpos maior do que o considerado normal e causando respostas com diferentes níveis de intensidade, como é o caso das coceiras e vermelhidão, por exemplo. Os quadros de alergia podem ser transitórios ou permanentes.
Já a intolerância não tem nada a ver com o sistema imunológico, mas sim com a digestão. Esse problema acontece quando o corpo não tem enzimas capazes de digerir determinado alimento, como é o caso das crianças que não toleram o leite e seus derivados, ou seja: a enzima que degrada as proteínas do leite não é produzida pelo seu organismo.
Essa foi a principal dúvida da mamãe da Nicolly, a Aline: “Quando a Nicolly nasceu, desde o sexto mês de vida, ela não desenvolvia, era uma criança muito magrinha. Além de ela ser alérgica à proteína do leite e intolerante à lactose, também tem alergia a glúten e trigo. Eu me desesperei muito no começo, foi muito difícil tirar o leite, o glúten e o trigo de uma vez só”, lembra.
A Descoberta
Sob suspeita de APLV, a pequena Nicolly iniciou um acompanhamento médico que durou desde os 6 meses até os 6 anos de idade. Ao longo desse tempo, muitas alergias na pele, pouco ganho de peso e crises asmáticas foram alguns dos sintomas que desconcertaram Aline: “São pequenos detalhes que precisamos ficar atentas para descobrir uma possível alergia alimentar: feridas pelo corpo, coceira nos olhos, falta de ar. Hoje, pesquisando, a gente vê que se tivesse mais conhecimento seria mais fácil de detectar o problema.” A escola ainda é outro desafio: “Eu sou chamada de a louca da marmita!”, diverte-se Aline. “Para não correr risco de contaminação eu separo tudo em várias lancheiras pra Nicolly. O medo é muito grande.”
Mãe de filho também com APLV, Daiane é um exemplo de determinação. Ela descobriu sua gravidez logo após uma cirurgia bariátrica, e passou um pré-natal muito complicado: “Fiquei dois meses sem poder levantar e, no início, me alimentava apenas de líquidos. Depois que tive ele, com 8 meses, eu descobri sua alergia à proteína do leite e fiquei desesperada. No começo foi bem difícil, eu nunca tinha ouvido falar dessa alergia”, relata. Daiane lembra que seu filho apresentava pequenas alergias pelo corpo e intestino muito preso, quando ficou conhecendo SupraSoy por indicação de uma amiga. Ao experimentá-lo na alimentação do filho, ela encontrou um grande alívio: “Foi uma bênção! O intestino soltou, não teve mais alergias, e ele toma até hoje, com 3 anos.”
Formada em gastronomia, Daiane precisou adaptar tudo sem leite: “A minha sorte é que eu gosto muito de cozinhar, e aprendi muitas receitas como estrogonofe, pão, bolos. Mudou totalmente a rotina. Dava dó, pois eu não conseguia comer algo com leite e ele ficar olhando com vontade. Então muita coisa eu deixei de comprar, também.”
Ela conta ainda que teve muitas dúvidas até ter a coragem de matricular seu filho na escola: “Você nunca sabe o que ele vai comer lá, a questão de ele estudar foi bem difícil”, relata. “Muitas vezes amigos e familiares acreditam que não passa de um cuidado exagerado, e ofereciam alimentos inadequados para ele. Teve um dia que eu chorei muito, pois ele viu uma pessoa comendo empadinha, e eu falei que não podia. Aquilo doeu demais em mim”, desabafa.
De início, até a equipe pedagógica da escolinha não a apoiou, mas, após muita conversa, as coisas foram mudando. “Tem pessoas que acham que oferecer uma bolachinha não faz mal. Mas tem crianças que basta um pinguinho de leite para a pele ficar vermelha”.
“O maior desafio? Você começar a mudar a rotina da sua casa, o que você come… Só quem é mãe sabe. É um universo totalmente diferente”, conclui.
Já no caso da Valéria, os sintomas iniciais foram os vômitos da sua filha Lorena. Mãe de primeira viagem, ela lembra da inexperiência dos primeiros tempos, e conta dos sinais que hoje considera claros da intolerância à lactose. “Começamos a tratar como refluxo. Mas ela estava sempre doente e não ganhava peso, precisamos até trocar de pediatra, que a diagnosticou como intolerante. Aos poucos notamos que sempre que comia chocolate ou outros produtos que contivessem leite, ela passava mal. Mas esse susto passa”, finaliza Valéria.
A mamãe também relembra a alegria de poder dar uma bebida com chocolate para sua pequena: “A Lorena sempre gostou de leite com achocolatado, e quando descobri SupraSoy e fiz a mistura, ela se realizou, nem sentiu a diferença.” Ela conta que demorou muito para pesquisar sobre produtos e outras alternativas alimentares que substituíssem o leite de vaca, pois estava focada nos sintomas da doença. Depois, com o diagnóstico já bem estabelecido e se preocupando com o bem estar da sua filha, ela começou a procurar alternativas alimentares.
Substituir a Alimentação
Uma das coisas que mais deixam as mães de crianças alérgicas confusas é descobrir como excluir algum alimento sem prejudicar a nutrição do filho. E muitos alimentos podem causar alergia! Os maiores causadores de reações costumam ser leite, trigo, ovos, peixe, frutos do mar, amendoins, nozes e soja. Quando existe a suspeita de alergia, a primeira coisa a fazer é excluir certos alimentos e observar se há melhora. Mas especialistas alertam que a retirada precisa acontecer aos poucos com um alimento de cada vez, pois a retirada de vários ao mesmo tempo pode causar a melhora abrupta da criança, e nem você nem o médico irão saber qual estaria causando o problema.
Mãe de filha com APLV, Gabriela sofreu ao ver sua pequena sem conseguir adaptar-se a nenhum tipo de substituto do leite, até descobrir SupraSoy: “Quando tu vês um filho tomando a mamadeira inteira, tu te sentes realizada. Isso quer dizer que está bem alimentado, bem nutrido”, conta. Rafaela nasceu prematura, e, desde o nascimento, foi diagnosticada com alergia à proteína do leite, e hoje, com 3 anos, ainda se alimenta com SupraSoy. “Aqui a gente evita comer doces à base de leite. Procuramos sempre fazer em casa coisas que ela possa comer.” E outra coisa muito importante: “Leia os rótulos dos produtos”, pede ela às mães que estão descobrindo agora a intolerância de seus filhos.
Já a mamãe Kátia, aos 45 anos, recorda dos primeiros tempos em que não sabia como substituir o leite materno: “Ele se apaixonou por SupraSoy, e por isso eu continuei dando durante quase 1 ano, por que foi extraordinária a sensação de ver o meu filho melhorando a cada dia, conta. Atualmente seu filho está com 19 anos, e Kátia tem a certeza de que foi a boa alimentação que o sustentou até hoje. E finaliza: “Cada vez que eu ouço falar de SupraSoy meu coração enche de alegria.”
“É um universo totalmente diferente”
Existem muitas substituições que podem ser feitas na alimentação. Mas lembre-se: sempre converse com o pediatra e nutricionista para saber o que realmente pode oferecer ou não, e saber as alternativas disponíveis para o seu pequeno continuar com uma alimentação saudável.
“A rotina de uma mãe que tem filho com intolerância à lactose é completamente diferente”, afirma Laura. Segundo ela, uma mudança radical na alimentação da família é essencial, e todos precisam ajudar. E não basta substituir apenas alimentos, já que produtos de higiene também podem conter leite ou traços de leite: “Precisamos encontrar sabonetes sem leite, shampoos, fraldas… não pode encostar nada que contenha leite.”
Outros desafios
E quando as alergias e intolerâncias alimentares na infância caminham juntamente com outras condições? Esse é o caso da Paula, que descobriu a intolerância de seu filho aos 5 meses de idade. Além da disfunção alimentar, ele possui autismo e faz uso do SupraSoy há 8 anos. Segundo ela, Miguel já tinha um paladar apurado desde cedo, e foi muito difícil acertar sua alimentação. “No autismo, essa seletividade alimentar é na parte sensorial. O sentir o gosto, o cheiro… Então a alimentação é muito difícil, e ele só aceita SupraSoy, pois tem um sabor diferenciado, e hoje é uma das únicas fontes de alimentação dele.”
Miguel frequenta a escola e faz acompanhamento com fonoaudióloga, psicopedagoga e terapeuta ocupacional, ou seja, uma equipe multidisciplinar o apoia para que leve sua vida o mais normalmente possível.
Paula conta que está fazendo pós-graduação em educação especial para, futuramente, ajudar outras mães e crianças que enfrentam o mesmo desafio que ela: “O autismo é uma síndrome em que cada um é diferente, e deve ser estimulado de maneiras diferentes.”
O importante é trocar experiências e evoluir
Aline, Daiane, Valéria, Gabriela, Kátia, Laura e Paula aprendem a cada dia novos significados para sua maternidade. Em cada filho há um desafio, uma conquista e muito amor personificado de diferentes formas. E nessa rotina entre cuidar em casa, acompanhar os desafios diários e estar presente em todos os momentos faz dessas mulheres mães guerreiras e determinadas a garantirem a saúde e o futuro de suas crianças.
“É um aprendizado pra você, você se torna um ser humano melhor, uma mãe melhor”, diz Daiane, orgulhosa. Ela conta ainda que participou de grupos de mães com filhos alérgicos para conversar e trocar experiências, e que isso a ajudou muito: “Em julho do ano passado ele foi curado da alergia. E até hoje, mesmo podendo tomar leites tradicionais, ele só gosta de SupraSoy.”
A gente sabe que só uma mãe que tem ou teve um filho com APLV ou intolerância à lactose consegue entender o sofrimento e o desespero que é viver nessa situação: “Eu fiquei muito desesperada no começo, e apareceram pessoas maravilhosas na minha vida que me ajudaram. Então com isso eu fiquei mais solidária, e no que eu puder ajudar outras mães, eu ajudo. O que eu falo pra elas é assim: Fica tranquila, isso é uma fase. A gente como mãe dá conta sim do recado! Eu nunca desanimei e sempre procurei fazer o melhor por ela”, reflete Aline.
“É muito complicado no começo até você entender a necessidade dele. Você nunca está preparada”, diz Daiane. “Pras mães que estão chegando hoje descobrindo que seu filho é alérgico ou possui intolerâncias alimentares, fica o recado: “não fique desesperada. Tenha fé, confie em você mesma pois isso é uma fase. Tenha calma, se dedique ao seu filho, aprenda receitas como eu aprendi. É um aprendizado pra você e pra sua família. A gente amadurece muito e começa a querer ajudar outras mães, pois você sabe como é. Você se torna um ser humano melhor, uma mãe melhor e vê a vida de uma outra forma. É uma experiência enriquecedora e eu só cresci com isso tudo”, finaliza.
As histórias de amor e cuidado dessas mulheres guerreiras foram nossa maior inspiração no mês das mães. E você, qual a sua inspiração para cuidar bem dos seus pequenos?