Só quem passa por aqueles sintomas bem conhecidos da intolerância à lactose sabe o quanto é desgastante adaptar uma alimentação segura e nutritiva na sua rotina. São cólicas terríveis, inchaço, diarreia e às vezes até vômitos que, na maioria das vezes, causam um grande desconforto e muita insegurança, principalmente quando vem um bebê a caminho. O maior medo das mamães é o de que seu pequeno também seja afetado pela condição, o que gera grandes preocupações quanto à amamentação e alimentação durante toda a fase da infância.
Mas você sabia que existem três tipos diferentes de intolerância à lactose, e que dois deles podem, inclusive, aparecer na sua vida apenas depois de você passar anos bebendo leite de vaca sem apresentar problema algum? Vamos a eles:
Intolerância Congênita
Essa é uma forma genética da intolerância à lactose, e bem rara. Nela, a pessoa já nasce com deficiência da enzima lactase, o que pode trazer problemas até na amamentação. Mas atenção: essa é uma doença “recessiva”, ou seja, para que um bebê nasça com ela, tanto a mãe como o pai também precisam ter intolerância congênita. Por isso é fácil de prever o problema já no pré-natal e buscar soluções antes de começar a amamentação.
Intolerância Primária
Esse tipo de intolerância à lactose também é genético, mas se manifesta apenas na idade adulta. Isso porque ocorre a diminuição natural e progressiva na produção de lactase a partir da adolescência e até o fim da vida, e com o avançar da idade vai ficando cada vez mais difícil de digerir os alimentos lácteos.
Intolerância secundária
Mesmo quem não tem predisposição genética à deficiência de lactase pode desenvolver intolerância com o passar da idade. Isso acontece quando alguma outra doença prejudica a flora intestinal, como doenças inflamatórias, gastroenterites e doença celíaca, pois elas também reduzem a lactase em nosso organismo, levando a uma intolerância temporária à lactose.
Depois disso tudo, vemos que é possível enfrentar a gravidez com tranquilidade. A não ser que a mãe e o pai do bebê apresentem a forma congênita dessa doença, é extremamente provável que o bebê escape da intolerância na infância, e as mamães podem – e devem! – amamentá-lo pelo máximo de tempo que conseguirem, sendo indicado pelos profissionais da saúde uma amamentação até os 2 anos de idade, sendo exclusiva até os 6 meses.